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10/08/2021
Sapiens dá exemplo de geração de energia limpa em tempos de crise energética.
Sistema de captação de energia solar instalado na Unidade Araraquara compensa todo o consumo, inclusive o da Unidade São Carlos.

Num momento em que a estiagem, as altas tarifas de energia elétrica e o risco de apagão energético são assuntos que estão na ordem do dia, as iniciativas em torno da utilização de fontes de energia alternativa são mais que bem vindas. 

Em fevereiro de 2020, poucos dias antes do decreto de fechamento das escolas por causa da pandemia, o Collegium Sapiens havia recém instalado na unidade de Araraquara, um sistema de captação de energia solar capaz de compensar todo o consumo, não apenas da unidade onde foi instalado, mas também da unidade de São Carlos. 

Ao todo, foram instaladas 190 placas fotovoltaicas totalizando 63kWp de potência. De Acordo com Elvis Allan Siqueira de Almeida, engenheiro eletricista e um dos diretores da empresa My Sol, responsável pela implantação do projeto, o maior ganho para uma instituição de ensino como o Sapiens, além da economia em mais de 80% com os custos de energia, é o de reafirmar o seu papel educativo a partir de suas ações.

A ideia era que a escola se tornasse um exemplo junto à comunidade de como é importante gerar a própria energia de forma limpa e sustentável. “Num momento de iminente risco de racionamento de energia no país, a energia solar mostra a importância da sua contribuição na diversificação da matriz energética através de fontes limpas e colaborando para evitar o acionamento de termelétricas a carvão por exemplo”, explica Elvis.

Um aspecto importante da geração de energia solar é que quem gera a própria eletricidade também ajuda quem ainda não possui o seu gerador, pois o montante que não é utilizado vai para a rede como créditos a serem utilizados por outras pessoas ou empresas.

Para o mantenedor e gestor do Collegium Sapiens, Paulo Braga, o investimento em energia solar é um imperativo dos nossos tempos. “A dependência da energia hidroelétrica acaba sendo um limitador em tempos de falta de chuvas como agora”, explica.

Braga também conta que a decisão de investir em energia solar foi muito influenciada pelas condições físicas das instalações. “Araraquara é uma cidade reconhecida pela grande incidência de sol e a estrutura física da unidade é muito favorável, pois conta com uma extensa área para a instalação das placas de captação”.

Com a escola fechada por conta da chegada da pandemia, o consumo de energia foi bem abaixo do usual, com isso a escola acabou por acumular créditos para serem consumidos em outro momento.
O cálculo feito para o investimento no projeto estimava que os equipamentos comprados fossem suficientes para gerar 80% da média de energia consumida pelas duas unidades, a expectativa era que os outros 20% fossem economizados a partir de uma ação educativa junto aos alunos e colaboradores sobre a conscientização para o uso de energia e sua relação com a questão ambiental.

“Desde o início pensamos no potencial educativo do projeto e planejamos várias atividades ligadas a ele, inclusive visitas com os alunos às empresas que produzem as placas fotovoltaicas para que eles pudessem compreender a fundo todo o sistema de geração de energia”, detalha o mantenedor da escola. 

Com a pandemia, as atividades presenciais foram adiadas, mas o plano é que assim que for possível elas sejam realizadas, afinal de contas, nunca foi tão importante pensar o futuro da produção e consumo de energia dentro e fora da escola.